segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sex Toys e Sutentabilidade a Big Teaze na Onda Verde

Os clientes de Sex shops nos EUA buscam materiais alternativos e transmitam uma menssagem clara: os produtos ecológicos vão invadir até nichos de mercado erótico.
Na Babeland, uma sofisticada sex shop de Seattle, a vendedora Kim conta que tem ouvido questões inéditas no seu balcão da libido: o artefato da marca tal contém materiais tóxicos? Aquela fragrância de um óleo de massagem é de fato orgânica? A sustentabilidade invadiu o desejo mais íntimo dos americanos, a da vida sexual. "O discurso ecológico chegou a empresas como Big Teaze e Sensua Organics, que são referência no setor de erotismo", diz Emily Gertz, colaboradora do blog de sustentabilidade grist.org.
Tida como marginal até meados dos anos 80, essa indústria ganhou respeitabiliade na década de 90 e conquistou uma massa de consumidores, aqueles com exigências estéticas e ambientais. Na Big Teaze Toys, fabricante de vibradores e brinquedos eróticos - um mercado de US$ 600 milhões nos EUA em 2006 - há muito foi abandonado o composto químico ftalano, que dá ao plástico uma consistência macia, altamente poluente. "Essa preocupação com materiais me acompanha desde os tempos em que era designer de brinquedos da Mattel", diz o fundador da Big Teaza, Tony Levine.
Fabricantes de óleos aromáticos, lubrificantes e essências, como Sensua Organics, Earth Botanicals e Yes!, receberam certificações ecológicas na Europa. Já a Made in Africa, grife de calcinhas e roupas íntimas de fibra de bambu - matéria-prima que vem de Gana, Etiópia, Quênia e Madagascar - aplica parte de seus lucros nas comunidades produtoras. Outros materiais, como hemp, são usados pela inglesa Enamore na confecção de langeries eróticas, enquanto a Condomi, fabricante alemã de preservativos, usa essência natural de morango (em vez de aromatizantes químicos) nas camisinhas com gostos e cores específicos. Inovação sustentável, já se vê, cabe em qualquer lugar. 
Fonte:Matéria publicada na revista Época Negócios (setembro 2007), por
Álvaro Oppermann.

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